A Independência, Sim! Mas de Qué?




Por José da Silva

O 7 de Setembro, celebrado com fogos de artifício e desfiles, é um dia de reflexão sobre o que realmente significa ser independente. A independência política, conquistada em 1822, foi apenas o primeiro passo rumo à verdadeira autonomia de um povo. Uma autonomia que não se limita ao domínio estrangeiro, mas também à dominação das ideias, dos valores e das estruturas sociais.

Independência é, acima de tudo, o direito de pensar por si mesmo, de escolher o próprio caminho, de construir a própria história. É o direito de ser diferente, de discordar, de criar e inovar. É o direito de não ser refém de dogmas, preconceitos ou interesses escusos.

Mas será que somos realmente independentes?

Vivemos em um mundo globalizado, onde a informação e as ideias circulam com velocidade vertiginosa. Isso é bom, pois nos permite ampliar nossos horizontes e aprender com outras culturas. Mas também traz consigo o risco de nos tornarmos reféns das tendências e modismos, de perdermos nossa identidade e nossa capacidade de pensar criticamente.

É preciso, portanto, uma independência ativa, que não se contente em apenas reclamar da situação atual, mas que se empenhe em construir uma sociedade melhor.

Uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais solidária. Uma sociedade que respeite o meio ambiente e que valorize a diversidade. Uma sociedade que seja verdadeiramente nossa, e não um reflexo dos desejos e interesses de outros.

A independência é uma jornada contínua, que nunca termina. É um processo que exige esforço, dedicação e, acima de tudo, coragem.

Coragem para questionar, para ousar, para pensar diferente. Coragem para defender nossas ideias e valores, mesmo quando isso nos torna impopulares. Coragem para construir um futuro melhor, mesmo quando isso parece impossível.

Que este 7 de Setembro seja um dia de reflexão e de renovação de nosso compromisso com a verdadeira independência.

Que seja um dia em que celebremos nossas conquistas, mas também em que nos questionemos sobre o que ainda falta fazer. Que seja um dia em que nos unamos para construir um Brasil mais justo, mais igualitário e mais fraterno.

Viva a Independência!