Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru, faleceu em 11 de setembro de 2024, aos 86 anos. Seu falecimento gerou controvérsia, revivendo memórias de seu governo polêmico.
Fujimori assumiu o poder em 1990, prometendo restaurar a ordem em um país assolado pela violência política e econômica. Ele rapidamente implementou medidas autoritárias, incluindo a dissolução do Congresso e o estabelecimento de um estado de emergência.
Enquanto alguns elogiam Fujimori por seu sucesso em controlar o terrorismo e estabilizar a economia, outros o condenam por sua violação dos direitos humanos. O Grupo da Verdade e Reconciliação do Peru estimou que mais de 69 mil pessoas morreram ou desapareceram durante o conflito armado interno do país, que durou de 1980 a 2000.
Em 2007, Fujimori foi condenado por violações dos direitos humanos e sentenciado a 25 anos de prisão. No entanto, ele recebeu um indulto em 2017 pelo então presidente Pedro Pablo Kuczynski, uma decisão que gerou indignação pública.
O legado de Fujimori continua dividido. Alguns o veem como um "salvador" que salvou o Peru do caos, enquanto outros o condenam como um "tirano" responsável por graves violações dos direitos humanos.
Independentemente da perspectiva de cada um, é inegável que Alberto Fujimori deixou uma marca indelével na história peruana. Seu governo continua a gerar debate e controvérsia, décadas após o seu fim.