Alienação Parental: Um Fenômeno que Afeta Profundamente as Relações Familiares



A alienação parental é um tema delicado e cada vez mais presente nas discussões jurídicas e sociais. Esse fenômeno ocorre quando um dos genitores, ou até mesmo ambos, manipula a mente de uma criança com o intuito de criar sentimentos negativos em relação ao outro genitor, geralmente após a separação ou divórcio.

Essa prática maléfica compromete o desenvolvimento emocional e psicológico da criança, afetando também o relacionamento com outros membros da família, como avós e tios. É um processo de manipulação que pode causar danos irreparáveis na formação da identidade e na autoestima do menor envolvido.

A alienação parental pode ser dividida em três tipos principais:

  • Leve: Caracteriza-se por atitudes sutis de desqualificação do genitor alienado, como fazer comentários negativos sobre ele ou distorcer fatos ocorridos durante o relacionamento.
  • Moderada: Nesse estágio, a criança começa a sentir uma certa resistência em manter contato com o genitor alienado, devido à influência exercida pelo genitor alienante.
  • Grave: Nessa fase, a criança é completamente afastada do genitor alienado, podendo até mesmo rejeitá-lo de forma agressiva e sem razão aparente.

É importante ressaltar que a alienação parental não ocorre somente em casos de divórcio ou separação, mas também pode ser observada em situações em que há conflitos familiares intensos ou disputa pela guarda da criança.

No Brasil, a alienação parental é considerada uma violação dos direitos da criança e do adolescente, conforme previsto na Lei nº 12.318/2010. Essa lei estabelece mecanismos para prevenir e coibir a alienação parental, além de prever penalidades para os casos em que ela é comprovada.

Os efeitos da alienação parental podem ser devastadores para a criança, que pode apresentar sintomas como depressão, ansiedade, baixo rendimento escolar, dificuldade de concentração e até mesmo comportamentos autodestrutivos.

Para combater a alienação parental, é fundamental que a família e o sistema judicial atuem de forma conjunta. É necessário promover o diálogo, a mediação e oferecer suporte psicológico tanto para a criança quanto para os genitores envolvidos.

A conscientização sobre a gravidade desse problema é essencial para prevenir e combater a alienação parental. É necessário que todos os envolvidos, sejam eles familiares, profissionais da área de saúde ou do direito, estejam atentos aos sinais e busquem medidas efetivas para proteger o bem-estar das crianças.

A alienação parental é um tema complexo e demanda uma abordagem multidisciplinar. É imprescindível que a sociedade esteja engajada em discutir e buscar soluções para esse problema, garantindo assim um ambiente mais saudável e equilibrado para as crianças e suas famílias.