Antônio Nobre, o Árbitro




Em uma tarde ensolarada, eu estava sentado em um café na movimentada Avenida Paulista, em São Paulo, quando vi um homem peculiar passar. Ele era alto e magro, com cabelos grisalhos e uma barba espessa. Seu olhar era penetrante e seus lábios estavam sempre em um leve sorriso. Ele usava um terno escuro e uma gravata impecável, mas havia algo diferente nele. Algo que me lembrou um juiz.

Eu o observei enquanto ele se dirigia a uma banca de jornal e comprava um exemplar do "Folha de S.Paulo". Ele então se sentou em uma mesa próxima à minha e começou a ler o jornal. Eu não conseguia deixar de notar sua presença. Havia algo incrivelmente hipnotizante em sua maneira de ler, como se ele estivesse absorvendo cada palavra com uma concentração intensa.

Quando ele terminou de ler, olhou ao redor do café e seus olhos encontraram os meus. Ele sorriu e se aproximou da minha mesa. "Com licença", disse ele com uma voz suave, "meu nome é Antônio Nobre. Eu não pude deixar de notar que você estava me observando. Você se importa se eu me juntar a você por um momento?"

Hesitei por um segundo antes de dizer: "Claro, por que não?"

Antônio Nobre se sentou à minha frente e pediu um café. Enquanto esperávamos nosso pedido, ele me contou sobre sua vida. Ele era um advogado aposentado que agora dedicava seu tempo ao voluntariado como árbitro de conflitos. Ele me disse que acreditava que todos os conflitos poderiam ser resolvidos por meio do diálogo e da compreensão.

"Você sabe", disse ele, "a coisa mais importante em um conflito é ouvir o outro lado. Tentar entender seu ponto de vista, mesmo que você não concorde com ele. Quando você consegue fazer isso, fica muito mais fácil encontrar uma solução que funcione para todos."

Fiquei impressionado com a sabedoria e a compaixão de Antônio. Ele era um verdadeiro "pacificador", alguém que dedicava sua vida a ajudar os outros a resolver seus problemas. Aquele breve encontro na Avenida Paulista mudou minha perspectiva sobre os conflitos. Percebi que, em vez de evitá-los, devemos encará-los de frente e tentar resolvê-los com compreensão e diálogo.

Quando nosso café acabou, Antônio Nobre se levantou para ir embora. "Foi um prazer conhecê-lo", disse ele. "Lembre-se, a próxima vez que você se envolver em um conflito, tente ser um 'árbitro'. Ouça o outro lado, tente entender seu ponto de vista e trabalhe juntos para encontrar uma solução que funcione para todos."

Apertei sua mão e agradeci pelo conselho. Então, ele se afastou, deixando para trás um sentimento de esperança e inspiração. Antônio Nobre, o "árbitro", havia me ensinado uma lição valiosa que eu levaria comigo para sempre.

  • Moral da história: Os conflitos fazem parte da vida, mas podemos resolvê-los com compreensão e diálogo.
  • Chamada para ação: Da próxima vez que você se envolver em um conflito, tente ser um "árbitro".