Não é de hoje que o futebol brasileiro vive um estranho paradoxo: os times de menor expressão estão cada vez mais fortes, enquanto os grandes do passado enfrentam dificuldades para manter o nível. E o confronto entre Athletico-PR e Operário, nesta quarta-feira (30), pela segunda fase da Copa do Brasil, é um retrato fiel desse cenário.
O Athletico, multicampeão e figurinha carimbada em competições internacionais, vive um momento de baixa. O time vem de uma eliminação precoce na Copa Libertadores e não engrena no Campeonato Brasileiro. Já o Operário, time do interior do Paraná que disputou a Série B em 2022, surpreendeu ao eliminar o São Paulo na primeira fase da Copa do Brasil e vem fazendo uma campanha sólida na Série C.
A explicação para essa inversão de forças é multifatorial. Por um lado, os clubes grandes sofrem com a pressão da torcida e dos patrocinadores. Por outro, os times menores têm conseguido se estruturar cada vez melhor, contando com parcerias e investimentos. Além disso, a globalização do futebol e a ascensão das redes sociais deram mais visibilidade aos times de fora do eixo Rio-São Paulo.
O confronto entre Athletico e Operário é, portanto, um símbolo do novo futebol brasileiro. Um jogo que coloca frente a frente dois mundos que antes eram distantes e que agora se encontram cada vez mais próximos. E o resultado pode ser qualquer um. Afinal, no futebol, tudo é possível.
Só o tempo dirá.