Ah, Bernard Pivot! O homem que fez da literatura um esporte radical. Com sua cabeleira prateada e seu ar galante, ele surgiu na TV francesa como um furacão, revolucionando a forma como se falava de livros.
Sua arma secreta era o programa "Apostrophes", um bate-papo descontraído onde os escritores viravam estrelas do rock. Pivot tinha o dom de fazer com que até os mais tímidos autores soltassem a franga e revelassem seus segredos mais íntimos.
Com sua voz sedutora e seus olhos brilhantes, Pivot hipnotizava tanto os espectadores quanto os convidados. Ele era o maestro da conversa, conduzindo os debates com maestria e sempre arrancando revelações bombásticas.
Lembro-me de uma entrevista com Michel Houellebecq, o escritor conhecido por sua visão sombria do mundo. Pivot, com sua perspicácia afiada, conseguiu fazê-lo abrir o coração e falar sobre suas angústias e esperanças.
Mas Pivot não era só um entrevistador brilhante. Ele também era um escritor excepcional, com uma prosa fluida e uma capacidade invejável de destrinchar a alma humana. Seus romances, como "A Biblioteca do Senhor Bovary", são obras-primas da literatura francesa.
Além de tudo isso, Pivot era um verdadeiro embaixador da língua francesa. Ele viajou o mundo, promovendo a cultura e a literatura da França com paixão e eloquência.
Hoje, aos 90 anos, Bernard Pivot continua sendo uma referência no mundo das letras. Sua influência é inegável, e sua contribuição para a literatura francesa é imensurável. Ele é o "Garanhão das Letras", um homem que fez da leitura um prazer irresistível.
Obrigado, Pivot, por tudo o que você nos deu. Por nos fazer amar a literatura, por nos fazer pensar e por nos fazer rir. Você é um tesouro nacional, e seu legado viverá para sempre.