Em uma movimentação que surpreendeu o mercado, a China comprou a maior reserva de urânio do Brasil, localizada no estado do Amazonas.
A transação foi realizada pela empresa estatal chinesa China Nonferrous Trade Co. Ltd. (CNT), subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group, por US$ 340 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões).
A Mineração Taboca S. A., proprietária da reserva, será totalmente vendida para a CNMC.
Reserva de valor estratégico
A reserva de urânio adquirida pela China possui cerca de 100 mil toneladas do minério, o que representa cerca de 10% das reservas mundiais.
O urânio é um recurso estratégico para a produção de energia nuclear, sendo essencial para o desenvolvimento de usinas nucleares.
Preocupações com a soberania
A aquisição da reserva de urânio pela China gerou preocupações no Brasil sobre a soberania do país sobre seus recursos naturais.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) questionou a venda, afirmando que "é um absurdo entregar o nosso urânio para a China, um país que não tem compromisso com a democracia e os direitos humanos".
Defesa do governo
O governo brasileiro defendeu a venda, alegando que ela foi realizada de forma transparente e com todas as garantias legais.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que "a venda seguiu todos os procedimentos e atendeu aos interesses do país".
Futuro incerto
O futuro da reserva de urânio adquirida pela China ainda é incerto.
A CNMC ainda não divulgou seus planos para o minério, mas é esperado que ele seja utilizado para abastecer usinas nucleares na China.
Conclusão
A compra da reserva de urânio no Brasil pela China é um acontecimento que levanta questões sobre a soberania nacional e a dependência energética do país.
O governo brasileiro precisa avaliar cuidadosamente as consequências desta transação e tomar medidas para garantir a segurança do país e o controle sobre seus recursos naturais.