Há alguns anos, li um livro que me marcou profundamente: "Cidade-Arsenal", de Sérgio Guerra. O livro conta a história de um homem que vive em uma cidade sitiada, em meio a uma guerra interminável.
A cidade é um lugar sombrio e opressor, onde a violência e a miséria são moeda corrente. O protagonista é um homem comum, que luta para sobreviver em meio ao caos. Ele é testemunha da crueldade da guerra e da fragilidade da vida humana.
O livro é uma metáfora poderosa sobre as consequências da guerra. Ele mostra como a violência destrói não apenas vidas, mas também almas. A cidade-arsenal é um símbolo do inferno na terra, um lugar onde a esperança é uma ilusão.
A voz do autor é crua e visceral. Ele não poupa detalhes das atrocidades da guerra. Suas descrições são tão vívidas que é impossível não se sentir horrorizado com o que está acontecendo.
Mas, apesar da escuridão, há um fio de esperança que percorre a história. O protagonista nunca perde sua humanidade. Ele continua a lutar, mesmo quando tudo parece perdido.
O livro termina com uma nota de ambiguidade. A guerra ainda não acabou, e o destino da cidade é incerto. Mas o protagonista continua lutando, na esperança de um futuro melhor.