Como o Nepal me fisgou e me deixou querendo mais

Eu sempre fui fascinado pelo Nepal. As montanhas imponentes, os templos antigos e a cultura vibrante me chamavam como uma sereia. Então, quando finalmente tive a chance de visitar, eu estava empolgado como uma criança em uma loja de doces.
Cheguei a Kathmandu, a capital, e fui imediatamente saudado por uma cacofonia de sons e cheiros. O ar estava cheio do aroma de incenso e especiarias, e as ruas eram um turbilhão de vendedores, peregrinos e turistas. Mas em meio ao caos, havia uma sensação de paz e tranquilidade que me envolveu como um cobertor quente.
Eu passei meus primeiros dias explorando a cidade. Visitei o Templo Pashupatinath, um dos locais mais sagrados do hinduísmo, onde testemunhei cremações na margem do rio sagrado Bagmati. Também visitei o Swayambhunath Stupa, um antigo templo budista empoleirado no topo de uma colina, que oferece vistas deslumbrantes da cidade.
Mas meu coração estava na trilha para o Everest. Eu tinha sonhado em caminhar até a montanha mais alta do mundo desde que era criança, e agora meu sonho estava se tornando realidade. Juntei-me a um grupo de trekking e partimos para a jornada de 12 dias até o acampamento base do Everest.
O caminho foi árduo, mas a recompensa foi incomparável. A cada passo que eu dava, as montanhas pareciam se tornar mais imponentes e a paisagem mais deslumbrante. Cruzei florestas de rododendros, caminhei por aldeias sherpas e testemunhei o poder bruto da natureza em primeira mão.
Quando finalmente chegamos ao acampamento base do Everest, eu estava sem fôlego. A montanha se erguia diante de mim em toda a sua glória, um gigante coberto de neve que parecia tocar o céu. Eu fiquei lá por horas, apenas admirando sua beleza e grandeza.
Naquela noite, dormi sob um céu estrelado, com o som do vento uivando nas tendas ao meu redor. Senti uma profunda sensação de paz e realização. Eu havia alcançado o meu sonho e tinha experimentado algo verdadeiramente extraordinário.
O Nepal me fisgou e me deixou querendo mais. É um país de beleza sem paralelo, povo hospitaleiro e cultura fascinante. Eu sei que voltarei um dia, para explorar ainda mais seus tesouros escondidos e me perder novamente em sua magia.
Até então, as memórias da minha jornada ao Nepal permanecerão comigo para sempre. Elas me lembram do poder da natureza, da importância dos sonhos e do espírito humano indomável. E acima de tudo, elas me lembram do quão pequeno eu sou no grandioso esquema das coisas.