O PCC, Primeiro Comando da Capital, é uma das maiores organizações criminosas do Brasil, com atuação em diversos estados. Em São Paulo, o PCC domina o sistema de transporte público, controlando as empresas de ônibus e extorquindo empresários do setor.
A influência do PCC sobre as empresas de ônibus começou na década de 1990, com presos do sistema penitenciário paulista se organizando para controlar o tráfico de drogas e outros crimes dentro das prisões. Com o passar dos anos, o PCC foi expandindo sua atuação para fora dos presídios, passando a controlar o tráfico de drogas nas periferias de São Paulo e, posteriormente, o sistema de transporte público.
O PCC cobra mensalmente das empresas de ônibus uma taxa de proteção, que varia de acordo com o tamanho e o faturamento da empresa. Quem não paga a taxa é ameaçado ou tem seus ônibus incendiados. Além disso, o PCC controla a contratação de funcionários das empresas de ônibus, exigindo que os motoristas e cobradores sejam indicados pela organização criminosa.
O domínio do PCC sobre o sistema de transporte público tem diversas consequências negativas para a população de São Paulo. Em primeiro lugar, os altos custos pagos pelas empresas de ônibus à organização criminosa são repassados para os usuários, que pagam tarifas cada vez mais caras. Além disso, o controle do PCC sobre a contratação de funcionários das empresas de ônibus aumenta o risco de corrupção e nepotismo.
Além disso, o PCC usa o sistema de transporte público para facilitar o tráfico de drogas e outras atividades criminosas. Veículos como ônibus são usados para transportar drogas e armas, e postos de fiscalização são corrompidos pela organização criminosa para permitir a passagem de veículos suspeitos.
O controle do PCC sobre as empresas de ônibus é um grave problema que afeta a vida de milhões de paulistanos. É urgente que as autoridades tomem medidas para combater a influência do PCC sobre o sistema de transporte público e garantir a segurança e a qualidade do serviço para a população.