Entrevista com o Demônio




Você já se perguntou como seria conversar com o próprio Demônio? Eu também, então decidi fazer uma entrevista exclusiva com ele para descobrir a verdade por trás de todos os mitos e lendas.

Encontrei o Diabo em um lugar escuro e sombrio, rodeado por fogo e enxofre. Ele estava sentado em um trono de ossos e usava um manto preto esfarrapado. Seus olhos eram vermelhos como sangue e seus chifres eram tão afiados quanto navalhas.

Eu: "Então, você é o Diabo?"

Demônio: "Sim, eu sou. E quem é você, mortal?"

Eu: "Sou apenas um jornalista curioso que quer saber mais sobre você."

Demônio: "Curioso, hein? Bem, eu tenho muito tempo. Faça suas perguntas."

Eu: "As pessoas dizem que você é mau. É verdade?"

Demônio: "Não sou mau. Sou apenas diferente. As pessoas me temem porque não me entendem. Não é minha culpa se elas são tão fracas e supersticiosas."

Eu: "Mas você tenta as pessoas a fazer coisas más."

Demônio: "Não as tento. Apenas dou a elas o que elas querem. Elas escolhem fazer coisas más por conta própria."

Eu: "E o Inferno? É real?"

Demônio: "O Inferno é o que as pessoas fazem de suas próprias vidas. Não é um lugar físico, mas um estado de sofrimento e miséria que você cria com suas próprias ações."

Eu: "Por que você faz isso? Por que tentar as pessoas?"

Demônio: "Porque é divertido. É como um jogo. Adoro ver as pessoas se contorcerem e sofrerem. Isso me faz sentir vivo."

Eu: "Isso é horrível."

Demônio: "Pode ser. Mas é a natureza humana. Todos vocês têm o potencial para o mal. Vocês apenas precisam da oportunidade certa para liberá-lo."

Eu: "Não acredito em você. Existem pessoas boas no mundo."

Demônio: "Oh, existem algumas. Mas são tão raras quanto unicórnios. A maioria das pessoas é egoísta, gananciosa e cruel. Elas só se preocupam consigo mesmas."

Eu: "Você está errado. Existem pessoas que se preocupam com os outros."

Demônio: "Sim, mas é apenas porque elas querem algo em troca. Ninguém faz nada sem esperar nada em troca."

Eu: "Eu não consigo acreditar que você acredita nisso."

Demônio: "Por que não? É a verdade. Você é um tolo se acredita em outra coisa."

De repente, o diabo começou a rir. Riu alto e zombeteiramente, até que sua voz ecoou por todo o inferno. Ri tão forte que as paredes começaram a tremer e o fogo começou a crepitar.

Demônio: "Você acha que pode me derrotar? Você é apenas um mortal. Eu sou o Diabo. Eu sou eterno. Eu sou invencível."

Eu estava com medo, mas não desistiria. Eu sabia que tinha que fazer algo. Então, respirei fundo e gritei:

Eu: "Não é verdade! Existem pessoas boas no mundo. Pessoas que se preocupam umas com as outras. Pessoas que são corajosas e gentis."

De repente, o riso do Diabo parou. Ele olhou para mim com olhos arregalados, como se nunca tivesse ouvido nada parecido antes.

Demônio: "Você acredita nisso?"

Eu: "Sim, acredito. E você também pode."

O diabo ficou em silêncio por um longo momento. Então, ele sussurrou:

Demônio: "Talvez você esteja certo."

Com isso, o diabo desapareceu, deixando-me sozinho na escuridão. Não sei se foi real ou apenas uma ilusão, mas sei que nunca esquecerei a minha entrevista com o Demônio.

E, para você, meu querido leitor, a lição é esta: mesmo que as coisas pareçam escuras e desesperadoras, nunca perca a esperança. Sempre há esperança, mesmo nas profundezas do inferno.