O "Estado Novo" foi um período sombrio na história portuguesa, marcado por um regime autoritário que durou mais de quatro décadas. Mas o que foi realmente o "Estado Novo" e como surgiu?
Após a Primeira República, Portugal mergulhou no caos político e económico. A instabilidade e a divisão cresciam, levando à ascensão de movimentos autoritários.
Em 1926, um golpe militar chefiado pelo general António Óscar Carmona derrubou o governo civil. Este golpe deu origem ao "Estado Novo", um regime ditatorial que prometia ordem e estabilidade.
Em 1932, António de Oliveira Salazar assumiu o poder como primeiro-ministro. Salazar era um conservador católico que admirava o fascismo italiano e o nazismo alemão.
Sob a liderança de Salazar, o "Estado Novo" tornou-se um regime autoritário de partido único. A Constituição foi suspensa, os partidos políticos foram banidos e a liberdade de expressão foi suprimida.
O "Estado Novo" deixou um legado duradouro em Portugal. O regime sufocou a democracia, reprimiu a oposição e isolou o país.
No entanto, o "Estado Novo" também trouxe algumas mudanças positivas. Salazar modernizou a economia, melhorou a infraestrutura e expandiu a educação.
Apesar dessas conquistas, o "Estado Novo" foi, em última análise, um regime opressor. Em 1974, uma revolução popular derrubou a ditadura e restaurou a democracia em Portugal.
O "Estado Novo" é um lembrete do perigo do autoritarismo. Mostra-nos que a democracia é frágil e que deve ser protegida contra aqueles que buscam o poder absoluto.
Ao recordarmos o passado, podemos aprender com os erros e evitar que sejam cometidos novamente. O "Estado Novo" é um capítulo sombrio na história portuguesa, mas também é um testemunho da resiliência e da determinação do povo português.
Hoje, Portugal é um país democrático e próspero. Mas a memória do "Estado Novo" permanece como um aviso para nunca esquecermos os perigos do extremismo e da opressão.