No dia 18 de julho de 1998, a pacata Vila Nova de Milfontes, no Alentejo, foi abalada por uma explosão que deixou um rasto de destruição e dor.
Eram cerca das 15h30 quando uma fuga de gás numa botija provocou uma explosão que destruiu vários prédios, feriu dezenas de pessoas e matou uma criança de 10 anos.
O estrondo foi ensurdecedor. Lembro-me perfeitamente de estar na praia, a poucos quilómetros de distância, e de sentir o chão tremer sob os meus pés.
Imediatamente, as pessoas correram para o local da explosão, tentando ajudar as vítimas que se encontravam soterradas nos escombros. O cenário era dantesco. Casas reduzidas a pó, carros destruídos e um cheiro a queimado no ar.
Entre os feridos, estavam muitas crianças que brincavam na rua no momento da explosão. Os rostos das suas famílias eram de desespero e angústia.
A explosão de Vila Nova de Milfontes foi uma tragédia que marcou para sempre a vida desta vila alentejana. Um dia que ninguém esquecerá.
Ainda hoje, 25 anos depois, os vestígios da tragédia são visíveis nas fachadas dos edifícios reconstruídos e na memória das pessoas que viveram aquele dia.
Que a memória das vítimas não seja esquecida.