Fugitivos Mossoroenses: A História Que Nunca Foi Contada




A cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, guarda uma história pouco conhecida que remonta aos anos 1970: a fuga de dois jovens presos políticos. João Maria de Araújo e Francisco das Chagas Rodrigues de Sousa, conhecidos como "Dedé", eram membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e foram acusados de subversão durante a ditadura militar.

Presos na Penitenciária Agricolina de Mossoró, os dois planejaram meticulosamente sua fuga por meses. Com a ajuda de um guarda simpático, conseguiram serrar as grades da cela e escapar durante a noite.

O que se seguiu foi uma jornada perigosa e emocionante. João Maria e Dedé tiveram que driblar cercos policiais, esconder-se em matas e se disfarçar para despistar as autoridades. Durante sua fuga, contaram com a solidariedade de pessoas comuns que os ajudaram com comida, abrigo e informações.

  • O Disfarce de Padre: Em um momento de aperto, Dedé se disfarçou de padre e conseguiu passar despercebido por um posto de fiscalização policial.
  • O Esconderijo na Casa da Costureira: Uma costureira chamada Maria José escondeu os fugitivos em sua casa por vários dias, fornecendo-lhes roupas e alimentos.

Após dias de perseguição, os dois chegaram a Natal, onde foram recebidos por companheiros de partido. João Maria seguiu para São Paulo, enquanto Dedé se exilou na Europa.

A fuga de Mossoró foi um ato de resistência e coragem que ficou marcado na memória da cidade. Os dois jovens que desafiaram a ditadura se tornaram símbolos de luta e esperança para muitos.

Hoje, João Maria e Dedé são homens idosos que vivem com tranquilidade, mas nunca esqueceram os dias de fuga e perseguição. Suas histórias são um lembrete da coragem e da determinação do povo brasileiro em lutar pela liberdade.

E assim, a história dos "Fugitivos Mossoroenses" continua a ser contada, inspirando gerações e lembrando-nos da importância de nunca desistir da luta por nossos direitos.