Galerias Romanas Lisboa: Uma Viagem ao Passado Bem no Meio da Cidade




Quando pensamos em Lisboa, muitas vezes nos vêm à cabeça as suas ruas íngremes, o Tejo majestoso e o elétrico 28 a serpentear por entre os bairros típicos. Mas há outro lado da cidade, menos conhecido, que esconde uma história fascinante: as Galerias Romanas.
Atravessando a Baixa Pombalina, no coração de Lisboa, podemos encontrar a entrada discreta para estas galerias subterrâneas. Um portal no tempo que nos transporta para uma época em que Lisboa era uma pujante cidade romana chamada Olisipo.
Ao descer as escadas em caracol, somos envolvidos por um cheiro a terra húmida e pelo eco dos nossos passos. As paredes, revestidas de tijolos e argamassa, contam a história de séculos passados. São aquedutos subterrâneos, construídos pelos romanos há mais de dois mil anos, que serviam para abastecer a cidade de água potável.
Caminhar pelas Galerias Romanas é como entrar num labirinto do tempo. Os canais de água, com os seus arcos imponentes, parecem sussurrar segredos do passado. Podemos imaginar os escravos e os trabalhadores a construir estes túneis com as suas ferramentas primitivas, a água a fluir incansavelmente para sustentar a cidade.
As galerias estendem-se por cerca de um quilómetro e meio, interligando várias zonas de Lisboa. Ao longo do percurso, encontramos cisternas e reservatórios onde a água era armazenada e distribuída. A engenharia romana, com a sua precisão e eficácia, impressiona-nos até hoje.
Mas as Galerias Romanas não são apenas um testemunho do passado. São também um espaço vivo, que acolhe exposições, concertos e outros eventos culturais. A acústica das galerias cria uma atmosfera íntima e envolvente, tornando-as um local único para experimentar a arte e a cultura.
Visitar as Galerias Romanas Lisboa é uma experiência inesquecível. É uma viagem ao passado, um mergulho na história da cidade e uma oportunidade de apreciar a engenhosidade e o legado dos nossos antepassados. Um passeio pelas entranhas de Lisboa, que nos mostra que, mesmo no meio da agitação urbana, podemos encontrar tesouros escondidos que nos ligam ao nosso passado.