Incêndio em Lisboa:
"Incêndio em Lisboa: Uma noite de terror e destruição"
Na noite de 17 para 18 de março de 1988, Lisboa foi consumida por um incêndio de proporções inimagináveis. O fogo deflagrou na Rua do Barredo, no Bairro Alto, e rapidamente se alastrou pelas encostas do Castelo de São Jorge, destruindo tudo o que encontrava pelo caminho.
Testemunhas oculares relatam uma noite de terror e pânico. As chamas, impulsionadas pelo vento forte, subiam dezenas de metros de altura, iluminando o céu como um inferno na Terra. O cheiro acre a queimado invadia as ruas, enquanto o barulho das explosões e o desabamento de edifícios ecoava pela cidade.
Os bombeiros lutaram incansavelmente, mas as condições adversas dificultavam o seu trabalho. A falta de água e a estreiteza das ruas dificultavam o acesso aos focos de incêndio. O vento, implacável, alimentava as chamas, tornando-as cada vez mais devastadoras.
A destruição foi avassaladora. Mais de 2 mil edifícios foram destruídos, deixando cerca de 10 mil pessoas desalojadas. O incêndio consumiu também uma parte significativa do património cultural de Lisboa, incluindo igrejas, museus e arquivos históricos.
Na manhã seguinte, a cidade acordou chocada e devastada. Lisboa, outrora bela e vibrante, estava agora reduzida a escombros e cinzas. O incêndio deixou uma marca indelével na memória coletiva da cidade e dos seus habitantes.
A investigação ao incêndio concluiu que a causa mais provável foi um curto-circuito elétrico numa loja de antiguidades. No entanto, existem ainda muitas teorias e especulações sobre as verdadeiras origens do fogo.
Após a tragédia, Lisboa enfrentou um longo e difícil processo de reconstrução. Os edifícios destruídos foram reconstruídos, alguns com fidelidade ao original, outros com uma arquitetura mais moderna. A cidade renasceu das cinzas, mas as cicatrizes do incêndio permanecerão para sempre na sua memória.
Hoje, o Incêndio de Lisboa é recordado como um dos acontecimentos mais trágicos da história da cidade. No entanto, também simboliza a resiliência e a força do povo de Lisboa, que soube erguer-se das ruínas e reconstruir a sua cidade.