Em tempos de “identidade de género” e também de “espiritualidade animal”, nada nos deveria surpreender. No entanto, o mundo académico e a sociedade em geral, voltou a ser confrontada com mais um caso surreal.
Desta vez, um aluno do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), surgiu nas redes sociais mascarado de cão, alegando identificar-se como tal.
As imagens do jovem mascarado, tanto no pátio da instituição de ensino, como dentro de uma sala de aula, rapidamente se tornaram virais. O caso gerou reações diversas nas redes sociais, entre a indignação e a perplexidade.
Mas será que tudo não passa de uma encenação? Nos dias de hoje, tudo é possível. No entanto, se não for apenas uma brincadeira de mau gosto, será que a universidade vai permitir a este aluno frequentar as aulas mascarado de cão? E os professores, vão aceitar as suas “estranhas” ideias?
A questão é complexa e não tem uma resposta fácil. Por um lado, o aluno tem o direito de se identificar como quiser, mesmo que isso signifique identificar-se como um animal. Por outro lado, a universidade tem o dever de manter a ordem e o decoro nas suas instalações.
Resta saber qual será o desfecho deste caso. O aluno conseguirá frequentar as aulas mascarado de cão? Ou a universidade irá impor limites à sua “identidade animal”?
Aguardemos para ver. E, entretanto, vamos refletindo sobre o que é ser humano e o que é ser animal. E sobre até onde devem ir os limites da liberdade de expressão e da autodeterminação.