Joaquim Pinto é um nome de referência no panorama cinematográfico português. Com uma carreira de mais de três décadas, o realizador portuense tem conquistado públicos e críticos com os seus filmes únicos e profundamente pessoais.
Nascido no Porto, em 1957, Pinto iniciou a sua jornada no cinema como sonoplasta. No entanto, foi no papel de realizador que verdadeiramente encontrou a sua vocação. O seu primeiro longa-metragem, "Uma Pedra no Bolso" (1987), já revelou o seu estilo singular, marcado por um olhar intimista e uma abordagem experimental.
Desde então, Pinto realizou uma série de filmes que exploram temas universais como a memória, a identidade e a perda. Em "E Agora? Lembra-me" (2013), o realizador mergulha nas memórias da sua mãe, falecida alguns anos antes. O filme é uma viagem emocionante e profundamente comovente que nos leva a questionar o nosso próprio passado e a relação com aqueles que já partiram.
Outro destaque da carreira de Pinto é "O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu" (2018). Neste documentário, o realizador homenageia o seu mestre e amigo, Manoel de Oliveira. O filme é uma carta de amor ao cinema e uma reflexão sobre o legado do cineasta português.
O reconhecimento internacional chegou com "Pathos Ethos Logos" (2021). O filme, que explora as consequências da pandemia de COVID-19, venceu o prémio especial do júri na secção Encounters do Festival de Cinema de Berlim. Pinto tornou-se assim o primeiro realizador português a conquistar este galardão.
Além do seu trabalho como realizador, Pinto também se dedica ao ensino e à formação de novos cineastas. É professor na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico do Porto e orienta oficinas e masterclasses em todo o mundo.
Joaquim Pinto é um mestre do cinema português que continua a inspirar e a provocar os seus espectadores. Com o seu estilo único e a sua sensibilidade ímpar, o realizador constrói filmes que nos desafiam a refletir sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia.