A cultura Moche, também conhecida como Mochica, foi uma civilização pré-colombiana que se desenvolveu na costa norte do atual Peru, entre os anos 100 e 700 d.C.
Os Moche eram um povo altamente avançado, que desenvolveram técnicas sofisticadas de engenharia hidráulica, como o sistema de canais que permitia o cultivo de terras áridas. Eles também eram mestres da cerâmica, criando intrincadas cerâmicas que retratavam cenas da vida cotidiana, cerimônias religiosas e guerreiros.
Os Moche eram uma sociedade fortemente hierárquica, governada por um governante divino conhecido como "Sipi". A elite possuía vastas riquezas e poder, enquanto o povo comum desempenhava um papel essencial na agricultura e na produção cerâmica.
A religião desempenhava um papel central na cultura Moche. Eles acreditavam em um panteão de deuses e praticavam sacrifícios humanos para apaziguá-los. Os Moche também realizaram elaboradas cerimônias funerárias, enterrando seus mortos em elaborados túmulos com oferendas de cerâmica e alimentos.
Por volta do ano 700 d.C., a civilização Moche entrou em declínio. As causas de seu colapso são incertas, mas podem estar relacionadas a mudanças climáticas, guerras ou uma combinação de fatores. No entanto, o legado dos Moche continua vivo na cultura peruana, e suas cerâmicas e outros artefatos são altamente valorizados como obras de arte.
A cultura Moche representa um testemunho da engenhosidade, criatividade e espiritualidade de um povo antigo que deixou uma marca indelével na história peruana.