Em meio à efervescência da Jovem Guarda, surgiu um rebelde que viria a transformar o rock brasileiro: Nadson Rodrigues de Souza, o "Ferinha". Sua história é marcada por talento, polêmicas e muito rock and roll.
Nascido em 1942, em São Paulo, Nadson começou a tocar guitarra ainda criança. Influenciado por Elvis Presley e Chuck Berry, ele formou sua primeira banda, Os Rebeldes, em 1961.
Com seu estilo selvagem e suas letras ousadas, Os Rebeldes desafiavam as normas sociais e a censura da época. Em 1963, lançaram o single "Rebeldia", que se tornou um hino da juventude rebelde.
O sucesso dos Rebeldes foi meteórico, mas também polêmico. Suas apresentações eram marcadas por brigas e confrontos com a polícia. Em 1965, Nadson foi preso por porte de drogas, o que levou à dissolução da banda.
Apesar das adversidades, Nadson não desistiu do rock and roll. Ele formou uma nova banda, Os Sequentes, e continuou a fazer shows por todo o Brasil. Em 1969, lançou seu primeiro álbum solo, "O Ferinha", que consolidou seu status como um dos maiores nomes do rock nacional.
O estilo de Nadson era único. Sua guitarra era áspera e agressiva, enquanto suas letras eram cruas e honestas. Ele cantava sobre amor, rebeldia e a vida dura nas ruas.
Além de sua música, Nadson também ficou conhecido por sua vida pessoal agitada. Casou-se seis vezes e teve vários filhos. Ele também lutava contra o alcoolismo e as drogas.
Apesar dos problemas, Nadson nunca deixou de fazer rock and roll. Ele continuou a se apresentar até os últimos anos de sua vida. Em 2019, faleceu aos 77 anos, deixando um legado inesquecível para a música brasileira.
Nadson, o Ferinha, foi um verdadeiro rebelde do rock. Com sua guitarra afiada e suas letras sinceras, ele desafiou as convenções e abriu caminho para uma nova geração de artistas brasileiros.
Hoje, o rock brasileiro lamenta a perda de um de seus maiores ícones. Nadson, o Ferinha, continuará a ser lembrado como um símbolo de rebeldia, talento e amor pela música.