No Rancho Fundo




Por Sérgio Rodrigues

Lá longe, nas quebradas de Minas, erguia-se um ranchinho aconchegante chamado "Rancho Fundo". Era um lar simples, feito de barro e sapé, mas que guardava mil histórias e afetos.

Vivia ali uma família humilde, mas tão rica de valores que não cabiam no aconchego daquelas paredes. O pai, Seu João, era um homem sábio e trabalhador, sempre disposto a ensinar os filhos o caminho certo. Dona Maria, a mãe, era o coração da casa, ajeitando tudo com carinho e sempre com um sorriso no rosto.

  • As crianças, Joãozinho e Mariazinha, corriam pelos campos verdes, brincavam na beira do córrego e aprendiam as lições da vida com seus pais.

Recordo com saudade os dias que passei no Rancho Fundo. Era um lugar onde o tempo parecia parar e as preocupações da vida urbana se dissolviam na tranquilidade do campo. Lembro do aroma do café recém-passado, das cantigas que Dona Maria cantava enquanto cozinhava e das histórias que Seu João contava à noite, à luz do lampião.

Nunca esquecerei o amor e o aconchego que encontrei no Rancho Fundo. É um lugar que estará para sempre guardado na minha memória, um lar que me ensinou os verdadeiros valores da vida.

Hoje, o Rancho Fundo é apenas uma lembrança. O tempo passou, as crianças cresceram e a casa ficou vazia. Mas o legado daquela família continua vivo, espalhado pelos caminhos que seus filhos trilharam.

E assim, o Rancho Fundo, embora não exista mais, continua a existir em cada um que teve o privilégio de passar por suas portas. É um lar que transcendeu as paredes e se tornou um símbolo de amor, sabedoria e esperança.

Que possamos todos nós encontrar um Rancho Fundo em nossas vidas, um lugar onde possamos nos refugiar, aprender e crescer.