Já ouviu falar naquela história do "completo desconhecido"? Dizem que é alguém que você conhece muito bem, mas que ainda não percebeu. Pode ser um amigo, um familiar ou até mesmo um estranho que você cruza todos os dias e nunca pensou duas vezes.
Eu costumava achar que era uma bobagem, até que aconteceu comigo. Eu estava sentado no ônibus, indo para o trabalho, quando vi uma mulher do outro lado do corredor. Ela estava lendo um livro, e eu não pude deixar de notar a capa: era o meu livro favorito.
Eu fiquei curioso. Olhei para ela mais de perto e percebi que ela tinha um rosto muito familiar. Mas não conseguia lembrar de onde a conhecia. Então, ela olhou para cima e nossos olhares se cruzaram. Naquele momento, tudo fez sentido.
Era a minha antiga professora de inglês do ensino médio. Eu não a via há anos, e ela tinha mudado muito. Mas naquele instante, eu soube que era ela. Ela sorriu e acenou, e eu não pude deixar de sorrir de volta.
Conversamos por um tempo, e descobri que ela estava se aposentando e viajando pelo país. Eu contei a ela sobre o meu trabalho e a minha vida, e foi como se o tempo tivesse voltado. Ficamos conversando por horas, como se fôssemos velhos amigos.
Quando o ônibus chegou ao meu ponto, eu me despedi dela e agradeci por aquele encontro inesperado. Ela me desejou boa sorte e disse que esperava me ver novamente algum dia.
Eu nunca mais a vi, mas aquele encontro ficou marcado na minha memória. Me fez pensar sobre todas as pessoas que cruzamos todos os dias e que podem ter um impacto em nossas vidas, mesmo que não percebamos.
Pode ser um sorriso de um estranho, um cumprimento de um vizinho ou uma conversa com alguém que você não vê há anos. Cada encontro pode ser uma oportunidade de aprender, crescer e nos conectar com os outros.
Então, da próxima vez que você vir alguém que parece familiar, não tenha medo de dizer "oi". Você nunca sabe quem pode ser o seu "completo desconhecido".