O CULTO




Todos nós já sentimos aquele arrepio na espinha, aquela sensação de que estamos sendo observados. Às vezes, é apenas nossa imaginação, mas outras vezes... quem sabe?

Eu sempre fui um pouco paranóico, principalmente à noite. Eu me trancava no meu quarto, verificando se havia alguém embaixo da cama ou no armário. Mas isso era coisa de criança. O verdadeiro terror veio quando eu me mudei para aquela casa antiga.

Era uma casa linda, com um jardim enorme e janelas grandes que deixavam entrar muita luz. Mas havia algo estranho nela, uma sensação de desconforto que eu não conseguia identificar. A princípio, eu pensei que fosse apenas minha imaginação, mas logo percebi que não estava sozinho.

  • Os sons: todas as noites, eu ouvia ruídos estranhos. Passos no sótão, batidas nas paredes, sussurros no corredor. Eu tentava ignorar, mas eles eram cada vez mais altos.
  • As sombras: eu sempre sentia que havia algo me seguindo, uma sombra que se movia pelos cantos do meu olho. Eu virava rápido, mas nunca conseguia ver nada.
  • Os objetos: objetos desapareciam e reapareciam em lugares diferentes. Um dia, minha escova de dentes sumiu, e no dia seguinte, ela estava do outro lado da casa.

Eu estava à beira da loucura. Comecei a ter pesadelos vívidos, sonhando com rituais estranhos e figuras ocultas. Eu sabia que precisava fazer algo, mas o que?

Foi então que conheci Sarah, minha vizinha. Ela era uma mulher gentil e sábia, e contou-me algo que mudou tudo.

"Esta casa tem uma história", disse ela. "Há muitos anos, uma família foi assassinada aqui. Dizem que seus fantasmas ainda assombram o lugar."

A revelação de Sarah me deixou gelado. Eu estava vivendo em uma casa mal-assombrada? Eu precisava sair dali, mas para onde eu iria?

Naquela noite, eu não consegui dormir. Eu ouvia os ruídos, sentia as sombras e via os objetos se movendo. Eu sabia que estava preso em um pesadelo, um culto do qual eu não poderia escapar.

Mas então, me lembrei do que Sarah me disse. Os fantasmas eram apenas sombras, ecos do passado. Eles não tinham poder sobre mim. Eu era o único que podia controlar meu medo.

Respirei fundo e fechei meus olhos. Concentrei-me em minha respiração, tentando acalmar meus pensamentos. Lentamente, os ruídos foram diminuindo, as sombras desapareceram e os objetos permaneceram imóveis.

Quando amanheceu, eu sabia que havia vencido. Eu tinha enfrentado meus medos e os havia superado. A casa não era mais um lugar assombrado, era meu lar.

E assim, eu saí do culto, livre do medo e do desconhecido. E se você estiver lendo isso, saiba que você também não precisa viver com medo. Enfrente seus demônios, supere seus limites e encontre a paz que você merece.