Nascido em 16 de fevereiro de 1931, em Vouzela, uma pacata vila de Portugal, Paulo Alexandre cresceu em meio a uma família humilde, onde o amor pela música sempre esteve presente. Desde cedo, ele encantou sua família e amigos com sua voz doce e afinada, que mais tarde se tornaria sua marca registrada.
Em 1954, sua carreira artística decolou quando começou a se apresentar na Emissora Nacional de Rádio. Seu talento não passou despercebido, e logo ele começou a gravar seus primeiros discos, que conquistaram o público com uma mistura de fado, canções populares e baladas românticas.
Entre suas canções mais icônicas está "Verde Vinho", uma ode à bebida tradicional portuguesa. Lançada em 1977, a música se tornou um hino nacional, sendo cantada e tocada em todos os cantos do país e do mundo. Sua letra, que fala de amor, saudade e esperança, emocionou gerações de portugueses, saudosos de sua terra e de seus entes queridos.
Mas não foi só "Verde Vinho" que marcou a carreira de Paulo Alexandre. Outras canções como "Romance", "Aquela Cativa" e "Guitarra, Minha Amiga" também se tornaram clássicos da música popular portuguesa, eternizando seu nome no coração dos fãs.
Além de sua carreira musical, Paulo Alexandre também se aventurou no cinema e no teatro. Em 1994, ele estrelou o filme "Histórias Que o Tempo Apagou", uma adaptação da peça de teatro "O Auto da Barca do Inferno" de Gil Vicente. Sua atuação foi elogiada pela crítica, provando sua versatilidade como artista.
Paulo Alexandre faleceu em 18 de novembro de 2024, aos 93 anos, deixando um legado musical incomparável. Sua voz marcante e suas canções carregadas de emoção continuam a tocar os corações dos portugueses, lembrando-nos da beleza e da saudade que a música pode evocar.