Paulo Cupertino




Paulo Cupertino Matias, empresário acusado de matar o ator Rafael Miguel e seus pais, em 2019, foi julgado e condenado a 118 anos de prisão. O crime chocou o país, e o julgamento foi acompanhado de perto pela mídia e pela sociedade.

Cupertino foi considerado culpado dos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Os pais de Rafael, João Alberto Miguel e Miriam Selma Miguel, foram mortos a tiros na porta da casa da família, em São Paulo. A namorada de Cupertino, Isabela Tibcherani, também foi condenada a 20 anos de prisão como cúmplice do crime.

O julgamento durou quatro dias, e o júri popular formado por cinco mulheres e dois homens decidiu pela condenação de Cupertino. A defesa do empresário alegou que ele agiu em legítima defesa, mas os jurados não aceitaram a tese. A acusação argumentou que Cupertino matou as vítimas por não aceitar o namoro da filha com Rafael Miguel.

Após a condenação, Cupertino foi levado para o Complexo Penitenciário de Tremembé, onde cumprirá sua pena. O caso ainda pode ser apelado, mas a condenação é considerada um marco na luta contra a violência doméstica e o feminicídio no Brasil.

O crime

O crime aconteceu em 9 de junho de 2019, no bairro Pedreira, em São Paulo. Rafael Miguel e seus pais estavam na casa da namorada do ator, Isabela Tibcherani, quando Cupertino chegou ao local e começou a discutir com o casal. Ele sacou uma arma e disparou vários tiros contra as vítimas. Rafael Miguel e seus pais morreram na hora.

Cupertino fugiu do local do crime, mas foi preso três dias depois, em Mato Grosso do Sul. Ele confessou o crime, mas disse que agiu em legítima defesa. No entanto, as investigações da polícia mostraram que Cupertino havia planejado o crime e que as vítimas não tiveram chance de se defender.

O julgamento

O julgamento de Cupertino começou no dia 10 de outubro de 2024. O júri popular foi composto por cinco mulheres e dois homens, que foram escolhidos através de sorteio. A acusação foi representada pelo Ministério Público de São Paulo, enquanto a defesa ficou a cargo do advogado Roberto Podval.

Durante o julgamento, foram ouvidas testemunhas, peritos e os próprios réus. A acusação apresentou provas que mostraram que Cupertino havia planejado o crime e que as vítimas não tiveram chance de se defender. A defesa alegou que Cupertino agiu em legítima defesa, mas os jurados não aceitaram a tese.

No dia 14 de outubro, o júri popular decidiu pela condenação de Cupertino pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. A namorada de Cupertino, Isabela Tibcherani, também foi condenada a 20 anos de prisão como cúmplice do crime.