O Festival Eurovisão sempre foi uma paixão nacional para nós, portugueses. Desde a primeira participação em 1964 com António Calvário, o concurso tornou-se um evento imperdível em nossas casas.
Lembro-me de sentar ao lado da minha avó, comendo pipocas e torcendo pelo nosso país. Ficávamos apreensivos com cada votação, celebrando cada ponto como se fosse uma vitória.
Não vou negar que houve momentos difíceis, como aquele fatídico zero em 1997. Mas mesmo nessas ocasiões, o espírito do Eurovisão nos unia. Ríamos da situação e cantávamos a música de Célia Lawson a plenos pulmões.
Mas foi em 2017 que Portugal viveu seu momento de glória. Quando Salvador Sobral pisou no palco com seu "Amar Pelos Dois", o mundo parou. Sua voz suave e sua emoção sincera conquistaram a Europa. Foi uma vitória histórica, que nos encheu de orgulho e alegria.
Desde então, a participação de Portugal no Festival Eurovisão tem sido mais consistent. Temos conseguido boas classificações, com destaque para o segundo lugar de Conan Osíris em 2019.
O Eurovisão é mais do que um concurso musical. É uma celebração da diversidade, um momento em que diferentes culturas se unem através da música. É um evento que nos inspira, nos diverte e nos dá uma sensação de pertencimento à Europa.
Apesar dos altos e baixos, o Festival Eurovisão continua a fazer parte do nosso imaginário coletivo. É um símbolo da nossa portugalidade, uma tradição que passa de geração em geração.
Neste ano, torcemos por Maro e sua "Saudade, Saudade". Que ela possa nos levar às alturas novamente e nos fazer sentir aquele arrepio tão especial que só o Eurovisão nos proporciona.
O Festival Eurovisão é uma parte de nós. É o nosso Zorro, sempre pronto para nos surpreender; é a nossa saudade, lembrando-nos de nossas raízes e do quanto amamos nossa terra.
Que o Eurovisão continue a nos unir, a nos emocionar e a nos fazer sentir orgulhosamente portugueses.