Lembro-me bem do dia em que a terra tremeu sob os meus pés. Eu estava em casa, aconchegada no sofá, a ver um filme, quando de repente a sala começou a abanar. Inicialmente, pensei que era apenas a minha imaginação, mas rapidamente percebi que era um sismo real. Foi um momento aterrorizante, o chão a tremer, as paredes a ranger, e eu a sentir-me impotente e vulnerável.
O sismo não causou danos significativos na minha casa, mas deixou-me profundamente abalada. Nos dias e semanas seguintes, fui assombrada por réplicas, lembretes constantes do trauma que tinha vivido. Mesmo o mais pequeno tremor fazia o meu coração acelerar e as minhas pernas tremiam. Era como se o sismo tivesse deixado uma cicatriz invisível em mim, um lembrete constante do seu poder destrutivo.
As réplicas não eram apenas uma ameaça física; eram também um desafio psicológico. Criavam um estado constante de ansiedade e medo. Cada vez que a terra tremia, eu ficava paralisada, à espera que o pior acontecesse. Aterrorizava-me a ideia de que o sismo pudesse voltar e causar ainda mais danos.
Mas, com o tempo, aprendi a lidar com as réplicas. Aprendi que são uma parte normal do processo de cura após um sismo. Aprendi também a acalmar-me quando a terra treme, a respirar fundo e a dizer a mim mesma que tudo ia ficar bem. E, gradualmente, as réplicas foram diminuindo em frequência e intensidade.
Hoje, ainda sinto algumas réplicas ocasionalmente. Mas já não são um lembrete do terror que vivi. Em vez disso, são um símbolo da minha resiliência, da minha capacidade de superar o trauma e de seguir em frente. As réplicas são um alerta, um lembrete de que a vida pode mudar num instante, mas também é um lembrete de que somos mais fortes do que pensamos.
Lições que Aprendi com as RéplicasSe você ou alguém que você conhece sofreu um trauma, saiba que há ajuda disponível. Procure um terapeuta ou conselheiro para obter apoio e orientação.