O Banco Central do Brasil (BC) anunciou na quarta-feira (16) o aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual. Com isso, a Selic passa de 13,25% para 13,75% ao ano.
Esta é a décima primeira elevação consecutiva da Selic, que vem sendo usada pelo BC para controlar a inflação. Em 2021, a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou em 10,06%, acima do teto da meta do BC, que é de 3,5%. Para 2022, a meta é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 2% e 5%.
O aumento da Selic tem impactos diretos sobre a economia. Para os consumidores, significa que os juros cobrados nos empréstimos e financiamentos vão aumentar. Para as empresas, o custo do dinheiro também ficará mais caro, o que pode afetar os investimentos e a geração de empregos. Por outro lado, a alta da Selic pode ajudar a conter a inflação, pois torna mais caro tomar dinheiro emprestado e, consequentemente, reduz o consumo e a demanda por produtos e serviços.
O BC tem se mostrado preocupado com a alta persistente da inflação, que vem sendo impulsionada por fatores internos e externos. A guerra na Ucrânia, por exemplo, tem pressionado os preços dos alimentos e da energia, o que tem afetado as famílias brasileiras.
O aumento da Selic é uma medida impopular, pois afeta diretamente o bolso dos brasileiros. No entanto, o BC tem autonomia para tomar as medidas que julgar necessárias para controlar a inflação e garantir a estabilidade da economia.
Como a alta da Selic afeta você?