Lembro-me perfeitamente do dia em que o chão tremeu. Era uma tarde calma de abril, e eu estava tranquilamente sentada na sala de aula, prestando atenção à explicação da professora. De repente, tudo começou a balançar. As mesas tremeram, as janelas vibraram, e até mesmo o teto parecia se mexer. Um pânico tomou conta da sala, e todos começaram a gritar.
Corri para fora do prédio, onde vi pessoas correndo em todas as direções. O chão parecia ondulado, como se um gigante estivesse sacudindo a cidade. Carros balançavam violentamente, e alguns até capotaram. O caos era total.
O sismo durou cerca de 45 segundos, mas pareceu uma eternidade. Quando finalmente parou, todos ficaram parados, em silêncio, tentando entender o que havia acontecido. O ar estava carregado com uma mistura de medo e descrença.
Mais tarde, descobrimos que o sismo havia atingido uma magnitude de 6,9 na escala Richter. Foi o maior sismo a atingir a região em mais de 100 anos. Felizmente, não houve vítimas mortais, mas muitos edifícios foram danificados.
Nos dias seguintes, a cidade viveu um clima de apreensão. Havia rumores de que o sismo poderia ter provocado danos estruturais em edifícios, e muitas pessoas tiveram medo de voltar para suas casas. Equipes de resgate vasculharam a cidade, procurando por sobreviventes e avaliando os danos.
O sismo de 1969 foi uma experiência marcante para todos nós que a vivemos. Foi um lembrete de que a terra em que vivemos é um lugar poderoso e imprevisível. Mas também foi um momento de solidariedade, em que as pessoas se uniram para ajudar uns aos outros.
Hoje, mais de 50 anos depois, o sismo de 1969 continua a ser um tema de discussão na região. Serve como um alerta constante de que devemos estar sempre preparados para o inesperado.
Para mim, o sismo foi uma lição de vida valiosa. Aprendi que mesmo nos momentos mais assustadores, é possível encontrar força e coragem. E aprendi que mesmo quando o chão treme, a vida continua.